POR DENTRO DA HISTÓRIA #20 – ESPECIAL COPA: 1958

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Amigo do esporte,

a partir de hoje, o “Por dentro da História” vai relembrar toda as finais de copa do mundo em que o Brasil conquistou o título. Serão cinco emocionantes narrativas num tempo em que o mundo reverenciava nosso futebol. A primeira conquista do Brasil foi em 1958 na Suécia. Vicente Feola era o técnico e o “Marechal da Vitória” Paulo Machado de Carvalho era o diretor da CBD (Confederação Brasileira de Desportos), hoje CBF.

O Brasil chegava desacreditado mais uma vez, pois perdera em casa a copa de 50, e em 54 teve uma participação regular. Uma seleção renovada, que trazia um garoto que fora convocado para ganhar experiência para outras copas. Esse garoto viria a ser mais tarde, o atleta do século, o Rei do Futebol, o maior jogador de todos os tempos. O Brasil saiu daqui escalado com Joel, Dida e Mazzolla fazendo companhia a Zagallo no ataque da seleção.

Porém, quis o destino que se abrisse uma oportunidade para o menino e para um anjo de pernas tortas. Pelé e Garrincha entraram no time e, acreditem, encerraram suas carreiras na seleção de forma invicta. Nunca perdemos com os dois em campo. Dino deu lugar a Zito, De Sordi saiu para a entrada de Djalma Santos e Mazzolla cedeu lugar para Vavá.

Algumas dessas alterações foram realizadas durante a competição. E o Brasil foi destruindo seus adversários. 3 a 0 na Áustria, 0 a 0 contra a Inglaterra (jogo duríssimo), 2 a 0 na União Soviética (aqui cabe a observação de que os russos “estudaram” os brasileiros no computador, e garantiram que ganhariam do Brasil), 1 a 0 no País de Gales, 5 a 2 na França (tida como a melhor equipe do mundo, com um ataque arrasador: Koppa, Piantoni e Just Fontaine).

E chegou o dia da final. Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Orlando e Nilton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Vavá, Pelé e Zagallo tinha a incumbência de acabar com o estigma de apenas participar de Copas do Mundo. Contra a anfitriã, o Brasil já estava sendo visto como uma grande seleção. Mesmo tomando um gol aos 3 minutos, o Brasil não se abalou e com um gol aos 9 minutos e outro aos 32, ambos de Vavá, virou o jogo com autoridade.

No segundo tempo, começou a festa. Pelé aos 10 minutos, Zagallo aos 23 e Pelé novamente aos 45 minutos (lembrando que a Suécia diminuiu para 4 a 2 aos 35 minutos) dera a vitória e o tão sonhado título de Campeão do Mundo ao Brasil. Acredite, amigo do esporte, tinha quatro ano e me lembro da festa no bar da esquina onde eu morava, meu pai com os amigos, o céu repleto de balões e, a cada gol do Brasil, me escondia debaixo da mesa da cozinha de casa com meu cachorro Pingue com medo dos rojões.

Que tempo maravilhoso! O Brasil conquistava pela primeira vez o título mundial. E passava a ser respeitado pelo mundo. Muita festa nas ruas, o Brasil parava para ver os jogos. Musicas alusivas a conquista em um tempo em que o povo se identificava e amava nossa seleção. Os 5 a 2 na Suécia na final, com certeza, é um dos jogos inesquecíveis do Brasil.

Assim, está escrita mais uma página de “Por Dentro da História”! Até mais!

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