Amigo do esporte,
não posso admitir as atuações pífias, inexpressivas de nossas seleções de base, sub-17 e sub-20 em competições de pouquíssima expressão (sul-americano). Como é triste ver um bando de moleques malas se achando a cada jogo. Garotos fortes, saudáveis, com fone de ouvido, cabelo exótico, andar de malandro, mas jogar bola que é bom, nada!
A culpa é de quem? Nossa! É uma cadeia de culpados. Começa pelo empresário, passa pela CBF (que insiste em manter Gallo como coordenador), pelos clubes e até pela imprensa. Já falamos do malefício que causa o empresário, da incompetência da CBF, da falta de “bala” de Gallo para o cargo, e da falta de ação dos clubes com relação a esse quadro.
Quero me deter ao que cabe à imprensa a parcela de culpa. Não se generaliza quando se fala de uma classe. Porém, a grande maioria não pode ver surgir qualquer garoto bom de bola, que já sai por aí alardeando que surge um novo craque. Não é bem assim. Temos que ter cuidado com jovens que despontam no futebol.
O conceito de craque ficou banalizado na medida em que existe a carência. O que outrora tínhamos em abundância, hoje é uma raridade. Neymar aparece de dez em dez anos. Antes, era todo ano. Essa necessidade de termos craques nos faz, às vezes, partirmos para a precipitação, o ufanismo. É preciso ter mais paciência, consciência.
Quantos jovens são queimados por elogios em demasia e precipitados? Precisamos ter coerência e inteligência para avaliar uma promessa. Foi assim com Ademir da Guia, Rivellino, Robinho, Diego, Kaká, Romário, Ronaldos, enfim…. Temos que dar tempo ao tempo.
Caso contrário, continuaremos a quebrar a cara, construir falsos ídolos e destruir nossa imagem de “país do futebol” passando por vexames como temos passado ultimamente!
Até mais!
Blog do Jota 